quarta-feira, 24 de agosto de 2011

THE Royal Wedding



No próximo Sábado, na Friedenskirche em Potsdam, SAIR o Príncipe Georg Friedrich, chefe da Casa Real da Prússia, contrai matrimónio com SAS a Princesa Sophie de Isenburg. Fiel à tradição da sua família, que parece ser ainda seguida pela generalidade das famílias principescas germânicas, o Príncipe da Prússia escolheu para sua consorte uma mulher de sangue real, atitude vista certamente como bizarra nestes tempos igualitários e que, aliás, não é já seguida pela quase totalidade das casas reais europeias.
Naturalmente que a sua opção decorre, em parte, do facto de dois dos seus tios, que perderam os seus direitos dinásticos ao casarem com plebeias em favor do pai de Georg Friedrich - que morreu prematuramente em 1977 - terem posto em causa, em sede judicial, a legitimidade da herança de seu sobrinho, processo de que, diga-se, sairam vencidos. Em face disto, caso casasse também ele com uma pessoa de condição diferente da sua, poderia pôr em causa a posição que ocupa.
Mas, mais do que isso, a opção do Príncipe Imperial é, a meu ver, decorrente da consciência da responsabilidade histórica inerente à chefia de uma casa com os pergaminhos da sua. Entenderá o Príncipe - e bem - que a condição real, mais do que direitos e deferências, traz consigo deveres e um deles é a manutenção da dignidade e estabilidade da Casa Real prussiana que, governada por dois príncipes de sangue, educados ambos precisamente para servir as suas históricas famílias e o que elas representam, melhores garantias darão de que tal objectivo será cumprido.
Bem sei que este post será visto como reaccionário e incompreensível, mas a incompreensão, e até algum desprezo, é o preço que se paga por defender posições que não estão na moda e que contrariam as ideias vigentes. Pago esse preço com convicção.

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