quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Consequência II



Das duas uma: ou o Estatuto Político-Administrativo dos Açores foi aprovado em consciência pelos senhores deputados, que resolveram, desta forma, desferir um golpe de Estado constitucional, ou foi-o por ignorância sobre o que deliberavam, revelando - ao votarem com espírito de manada, em obediência às ordens das respectivas lideranças parlamentares, sem a mínima consciência da gravidade de tal acto - uma supina incompetência e uma acéfala subserviência. Em qualquer situação, a dissolução desta casa de golpistas ou de títeres - conforme o caso - seria uma hipótese no mínimo razoável.

Onde está o meu yacht?


Constava da lista de presentes que enviei ao Pai Natal um barquinho igual a este, mas ainda não o recebi... será que a Lapónia também entrou em recessão técnica?

Consequência



"Será normal e correcto que um órgão de soberania imponha ao Presidente da República a forma como ele deve exercer os poderes que a Constituição lhe confere?
Será normal e correcto que a Assembleia da República imponha uma certa interpretação da Constituição para o exercício dos poderes presidenciais?
É por isso que o precedente agora aberto, de limitar o exercício dos poderes do Presidente da República por lei ordinária, abala o equilíbrio de poderes e afecta o normal funcionamento das instituições da República ( ... )
Foram várias as vozes que apontaram razões meramente partidárias para a decisão da Assembleia da República.
Pela análise dos comportamentos e das afirmações feitas ao longo do processo e pelas informações que em privado recolhi, restam poucas dúvidas quanto a isso.
A ser assim, a qualidade da nossa democracia sofreu um sério revés."

Será normal e correcto que o Presidente da República, nestas circunstâncias, não dissolva a Assembleia da República?

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Sapatada na democracia



A esquerda colorida vai fazer um apelo, amanhã, à porta da embaixada dos Estados Unidos, pela libertação do jornalista que arremessou os seus sapatos à cara do presidente Bush. Consiste o protesto em deixar um sapato à porta da representação diplomática americana. Desde logo, não percebo por que razão escolhem a embaixada dos Estados Unidos para fazer semelhante manifestação, pois quem prendeu o jornalista foram as autoridades iraquianas.
Em si mesmo, este acto simbólico é estúpido e puramente propagandístico. O que importa, porém, salientar é que, mais uma vez, a extrema-esquerda portuguesa revela, através do seu ostensivo desprezo pelos EUA, um sectarismo cego e o seu ódio visceral à democracia e à liberdade - é essa a inconfessada razão do seu anti-americanismo - elevando-os ao paroxismo da cretinice e da indigência mental, de que este acto folclórico é triste exemplo. Se a liberdade de expressão ( embora não me pareça que a agressão a um chefe de Estado democraticamente eleito possa ser classificada como tal ) é verdadeiramente a causa que os manifestantes defendem, pergunto porque não vão deixar sapatos à porta das representações diplomáticas de Cuba, da Coreia do Norte, da Venezuela e de várias mãos cheias de países africanos e do Médio Oriente.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Eu quero um destes


Toyota iQ com assinatura de José Luis Peixoto

Political incorrectness

Sabem o que diz uma mãe palestiniana quando deixa o filho no autocarro?
- Lá vai o meu rebento

Feliz Natal!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A revolta


Mário Soares, num artigo publicado no Diário de Notícias de ontem, referiu-se - e bem - ao descontentamento larvar que se sente na sociedade portuguesa com a crise económica, o aumento do desemprego e o descrédito das instituições. O diagnóstico é correcto. Todavia, conclui que a insatisfação dos portugueses "tem demasiadas componentes prestes a explodir". Depreendo destas palavras que o Dr. Soares prevê, perante uma agudização da crise, possíveis situações de violência. Discordo. Os portugueses, quando não encontram meios de subsistência, não se revoltam, emigram. É assim há mais de 500 anos. Expandimo-nos pelo mundo nos séculos XV e XVI, entre outras razões, porque não havia lugar para todos no nosso exíguo rectângulo. Em finais de oitocentos, procurámos o Brasil, para fugir de um país em bancarrota e escassamente industrializado. Nas décadas de 50, 60 e 70 do século passado buscámos melhor sorte no Ultramar, na Europa, nos Estados Unidos, pois no Portugal dos pequeninos do Dr. Salazar eram poucas as oportunidades de escapar à pobreza.
Actualmente, verifica-se o mesmo fenómeno. O número de cidadãos emigrados não pára de aumentar; gente de todas as sortes, do operário desempregado ao licenciado condenado à fatalidade do call center, muitos são os que seguem o exemplo dos seus avós e deixam o país em que nasceram.
Não tem pois o Dr. Soares razões para se preocupar. A emigração é a válvula de escape secular que evita a revolta... e, consequentemente, diga-se, o seguro de vida de muitas gerações de dirigentes políticos portugueses

Ora aí está uma grande verdade


Via Blasfémias

domingo, 14 de dezembro de 2008

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Rir é o melhor remédio

"Nós bem o sabemos: a gargalhada nem é um raciocínio, nem um sentimento; não cria nada, destrói tudo, não responde por coisa alguma. E no entanto é o único comentário do mundo político em Portugal."

Eça de Queiroz, Uma Campanha Alegre

Querido Pai Natal...


... preciso de um portátil novo. Se possível, podia dar-me um destes?

Aquecimento global?


Contra o dogmatismo, um bom texto do João Miranda, aqui

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Colapso


Uma excelente análise de António Barreto, no Jacarandá

Real Sítio


Aqui

Foto: António Homem Cardoso

Inaceitável


A violência que tem ocorrido na Grécia nos últimos dias chama-nos novamente a atenção para a existência de grupos anarquistas e de extrema-esquerda que adoptaram o terrorismo urbano como modo de actuação. As elites políticas e intelectuais olham para estes movimentos com a complacência nostálgica de soixanthuitards na reforma e pouco fazem para os conter.
Pergunto-me aliás: se estas manifestações estivessem a ser promovidas por movimentos de extrema-direita, a reacção das autoridades gregas e da opinião pública seria a mesma? Será que a violência praticada em nome dos amanhãs que cantam e da utopia é mais aceitável do que a violência feita em nome da supremacia racial ou da expulsão de emigrantes? Em suma: os fins justificam os meios?
Não é aceitável que em Estados democráticos se permita a existência de movimentos que fazem da agressão a pessoas e bens um meio de expressão política. É, pois, dever das autoridades combater todas as formas de violência e intolerância, independentemente da sua coloração política. Espera-se que, de uma vez por todas, o façam, em nome da democracia e da liberdade.
Espera-se , também, que a mesma União Europeia que expeditamente condenou a eleição de Jorg Haider, condene, agora, estes actos bárbaros.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Obrigatório ler...


... este artigo de João César das Neves sobre o jornalismo em Portugal

PS: A gerência apresenta desculpas pelo choque que a imagem acima reproduzida possa causar aos visitantes mais sensíveis

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Ladrões de fino gosto


Foi assaltada a sucursal de Paris da Harry Winston, tendo os larápios levado peças no valor total de 80 milhões de euros. Não há dúvida que no mundo do crime há gente com bom gosto. Se eu fosse ladrão, este seria certamente um dos meus primeiros alvos.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008