sábado, 27 de agosto de 2011

Os ricos e os impostos

A blogosfera tem andado entretida com a questão da tributação das grandes fortunas. Desde o revanchismo social da esquerda, que exige o sangue dos ricos, até à sua vitimização, sustentada por blogues da direita soi disant liberal ( a direita de formação cristã tem uma posição diferente ), muito se tem escrito sobre o assunto.
No que respeita à tributação do património, discordo da medida. Os bens, móveis e imóveis, dos mais afortunados são já taxados, não sendo portanto justa uma dupla tributação. Quando um milionário compra uma viatura, uma casa ou uma jóia, paga os impostos respectivos, não se justificando que seja onerado novamente com uma contribuição.
Também não me parece correcto que se aumente a carga fiscal, pois neste momento esta situa-se já nos 46,5%, o que configura um saque ao contribuinte.
A solução passa, a meu ver, por dificultar a fuga ao fisco, já que infelizmente, como disse num post anterior, os milionários não parecem ter consciência da responsabilidade social da riqueza, procurando toda uma série de subterfúgios - que as leis, não por acaso, permitem - para se eximirem ao pagamento dos impostos sobre a totalidade do rendimento tributável. Trata-se pois de cercear o planeamento fiscal ( eufemismo usado para desginar a fuga ao fisco pelos mais abonados ) medida que, mais do que uma forma de aumentar receita, se impõe como imperativo moral, pois cada um deve pagar impostos em função do que realmente ganha e não do que diz ganhar.
Se assim se proceder, podemos não diminuir significamente o défice, mas teremos certamente uma sociedade mais equitativa e mais saudável. Haja coragem para o fazer.

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