sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O Passos é um caturra, 'tá a ver?



O Estado português vendeu a sua participação na EDP a uma empresa pertencente ao Estado chinês e chama a isto privatização. Este Governo é só rir, sei lá.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Da cretinice

MP Faces Criminal Inquiry Over 'Nazi' Stag Do

Sir Winston Churchill deve estar a dar voltas no túmulo.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Passos perdido



São lamentáveis as palavras do primeiro-ministro a respeito dos professores desempregados, recomendando que emigrem. É bem verdade que o futuro do país não é radioso, mas a proposta do chefe do Governo – e Passos Coelho tem que ter consciência que não é um cidadão qualquer e que fala à nação e não com os amigos no café – assume-se como o reconhecimento da inviabilidade do país, um baixar de braços que não é admissível em quem tem precisamente a obrigação de tudo fazer para solucionar os problemas nacionais. Se o primeiro-ministro entende que os seus compatriotas não têm lugar no futuro deste país, o que faz então na chefia do Governo? Está no cargo apenas para pagar aos credores e depois fechar a loja? É absurdo!
Além do mais, Portugal não se pode dar ao luxo de dispensar mão-de-obra especializada e em idade activa. Não podemos modernizar a economia sem gente e, sobretudo, sem gente com formação superior. Por outro lado, esta sangria de população compromete a viabilidade do próprio Estado, pois quanto menos trabalhadores houver, menos serão os impostos e as contribuições pagos para a segurança social.
Não precisamos de vendedores de banha da cobra como Sócrates, que prometia um futuro radioso para todos, mas não podemos aceitar que um primeiro-ministro ice a bandeira branca e desista de lutar pela viabilidade do país que assumuiu o encargo de governar. No início da II Guerra Mundial, Churchill prometeu aos seus compatriotas sangue, suor e lágrimas, mas como preço a pagar pela continuidade das velhas liberdades inglesas e o aniquilamento das insanas ambições nazis, ou seja, os sacrifícios então pedidos pelo ilustre estadista eram o penhor de um futuro tão bom ou, se possível, melhor que o passado. Passos, pelo contrário, oferece sacrifícios ao mesmo tempo que exorta à desistência. Um autêntico contra-senso! Assim, senhor primeiro-ministro, não vamos longe.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Splendid isolation



A decisão britânica de vetar a revisão do Tratado de Lisboa tem sérias consequências para o futuro da União. Desde logo porque cava mais um fosso no princípio de unidade da Europa, que já havia, para todos os efeitos, sido posto em causa pela moeda única, adoptada por apenas 17 dos 27 Estados membros da UE.
Por outro lado, ao colocar-se de fora do acordo intergovernamental, o Reino Unido perde não apenas a capacidade de intervir em defesa dos seus interesses económicos, mas também a possibilidade de evitar a reemergência de uma potência hegemónica no Velho Continente, algo que os britânicos – com toda a razão – sempre procuraram evitar através de uma política pragmática de divide and rule, até agora tão cara aos conservadores.
Mas não serão apenas os britânicos que perdem com esta decisão. Também os pequenos países, como Portugal, serão afectados com este afastamento. O Reino Unido, com o seu proverbial europeísmo relutante, sempre foi um freio às derivas federalistas, dando expressão aos receios dos Estados de menor dimensão, cuja voz não é ouvida na União. Sem o travão da Velha Albion, está aberto o caminho para a federalização da Europa, que engolirá os pequenos Estados, sobretudo os mais fragilizados, condenados à subalternidade face aos interesses do eixo franco-alemão.
Cameron errou e todos perdemos com isso.