quarta-feira, 30 de março de 2011

O curioso caso da Bélgica



A Bélgica é a recordista mundial dos países sem governo, completando hoje o 289º dia sem Executivo. Apesar disso, o Estado belga não só não acabou como não caiu no caos. Não advogo a tese do minimal state, mas o caso belga faz-me pensar...

terça-feira, 29 de março de 2011

Metáfora

O Prós & Contras de hoje é a perfeita metáfora do País. Um grupo de personalidades bem pensantes, sentadas em semicírculo, à conversa entre si, de costas voltadas para a assistência.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Portugal no seu melhor

Resumo da factura da EPAL: Consumo de água = 1,82 Euros. Valor a pagar = 16.21 Euros

Da Democracia

Sócrates e a sua entourage introduziram na política indígena um discurso intolerável numa democracia. Consideraram-se únicos defensores do bem comum, entendendo, portanto, que todos os que não apoiassem incondicionalmente as suas políticas eram contra esse objectivo. Ora, esse é o argumento característico dos regimes autoritários. Numa democracia, parte-se do pressuposto que todas as forças políticas pugnam pelo bem comum, diferindo apenas nos caminhos para o alcançar. São, pois, os meios que se discutem e não os fins. A queda deste Governo pôs cobro a este argumento chantagista de pendor autocrático. Ainda bem.

domingo, 20 de março de 2011

Então, não há manif?

Passei há pouco no Largo de Camões e fiquei espantado com a calma domingueira que lá se vivia. Esperava, honestamente, uma manifestação contra a ingerência imperialista na Líbia, com cartazes a verberar os EUA e a NATO. Será que a esquerda colorida foi toda para a praia?

terça-feira, 15 de março de 2011

segunda-feira, 14 de março de 2011

Obviamente, demita-se!



http://www.facebook.com/pages/J%C3%A1-Basta/138950559505563?ref=ts&sk=wall

Recado aos partidos

"Pessoas da geração do 25 de Abril andam muito zangadas com o povo porque o povo se manifesta contra os partidos. Dizem que não pode haver democracia sem partidos. Não sei se pode. Se calhar não. Mas quando o povo se manifesta contra os partidos, não é o povo que tem que mudar."

João Miranda, Blasfémias

domingo, 13 de março de 2011

O raio que os parta!

José Pacheco Pereira e outros opinion makers da sua geração têm criticado em tom arrogante a manifestação de 12 de Março, recorrendo a fáceis e abusivas generalizações, apodando os manifestantes de irresponsáveis, mimados e, como alguém chegou a referir, possuidores de smartcars ( eu não tenho sequer uma mísera bicicleta ).
Esquecem-se estes comentadores instalados em sinecuras tão confortáveis quanto os sofás onde se sentam quando escrevem os seus posts e artigos inflamados, que nos idos de 70 - quando tinham a idade dos que hoje protestam - com singular irresponsabilidade e inconsequência, defendiam para Portugal - ao arrepio da História e do mais elementar bom senso - o socialismo e uma multiplicidade de outros "ismos". Não reconheço, pois, à geração de Pacheco Pereira, autoridade moral para a sobranceria com que critica aqueles que estão hoje a pagar a factura pelos seus desvarios e experimentalismos ideológicos que produziram, entre outros desastres, as nacionalizações, a reforma agrária e um Estado tão desmesurado quanto ineficaz.

Rá, ré, ri, ró, rua!!!

Contas certas

Discurso do PR + moção de censura + PEC IV + manifestação de 12 de Março = demissão do Governo

Moção de censura II



Desceu à rua um Portugal farto de tudo isto. Farto por boas e más razões, mas sobretudo farto. Desceu à rua um Portugal que quis fazer qualquer coisa, mesmo que não saiba muito bem como as coisas podem ser diferentes. Desceu à rua um país inorgânico mas, no essencial, ordeiro e respeitador da democracia. Desceu à rua um Portugal algo desesperado mas não revolucionário. Desceu à rua um Portugal que gostou de verificar que não está totalmente alheado da coisa pública.

José Manuel Fernandes

quarta-feira, 9 de março de 2011

Limpeza


Quer-me parecer que o Presidente da República apelou à rápida remoção do Governo de Sócrates.

Acerca da "Geração à Rasca"

Não me revejo em diversas reivindicações do movimento “Geração à Rasca”. Não creio possível, nem desejável, a manutenção do Estado Social nos moldes em que até agora se estruturou. Não desejo um mercado de trabalho com empregos “blindados” por uma legislação demasiado rígida. Creio que a chave da resolução da crise passa mais pelo crescimento económico, gerador de emprego.
Mas não deixa de me causar espanto a indignação que a manifestação está a causar em certos sectores da direita; a mesma direita que está sempre a clamar pela participação da sociedade civil, mas que perante uma manifestação organizada por esta, se toma de pânicos e a considera ilegítima. Poderá a nossa direita estar em desacordo com os motivos do movimento, mas não me parece coerente que esteja tão incomodada com a sua existência. Em blogues, tidos por liberais, da direita moderna, como o Blasfémias ou o 31 da Armada, nota-se um azedume em relação à manifestação do próximo dia 12. Afinal de contas, parece que a velha fórmula do "viver habitualmente" continua a fazer escola. O medo da contestação, da rua, permanece.
O direito ao protesto não é um exclusivo da geração que fez o 25 de Abril. Todos, novos e velhos, têm o direito de defender as causas que consideram justas e todos, da esquerda à direita, têm o dever de o respeitar. Como dizia o senhor Voltaire “Je ne suis pas d'accord avec ce que vous dites, mais je me battrai jusqu'au bout pour que vous puissiez le dire”.