quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Satisfação



As negociações do OE 2011 fracassaram. Sem orçamento, o IVA sobre o leite achocolatado não aumentará para 23%. Óptimas notícias!

domingo, 24 de outubro de 2010

sábado, 23 de outubro de 2010

sábado, 16 de outubro de 2010

Pois...

“Este é o Orçamento mais importante dos últimos 25 anos”

... por isso mesmo seria bom que tivesse sido elaborado por gente competente

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Happy Birthday, Mylady!

Embriaguês

Fazendo uma consulta nos jornais on-line constanto que todos, no seu proverbial patriotismo de pacotilha, rejubilam com a nomeação de Portugal para o Conselho de Segurança da ONU e com a vitória da selecção nacional. Muito gostam os portugueses de se iludir com vitórias pírricas que, tal como uma embriaguês, lhes permite viver uma euforia momentânea. O problema é que amanhã o desemprego, o défice, a pobreza vão continuar. Toda a bebedeira tem como fim uma ressaca.

sábado, 9 de outubro de 2010

Faço minhas estas palavras

"Trabalhar no remanso do lar. Ser dono e senhor do seu tempo, das horas, do dia. Deixar o carro em casa, não se sujeitar a filas de trânsito, a colegas pulhas, a chefes grunhos a controlar as idas ao café. Poder não fazer a barba, não ter que usar gravata ou mesmo vestir roupa. Gerir o momento, decidir as pausas, recuperar o controlo da vida: ser um semideus entre as 9h e as 19h! É natural que este seja o sonho de muito amanuense de subúrbio. Mas é também o pesadelo de muito freelancer modernito que já sucumbiu ao peso da solidão, à indolência do pijama enquanto farda laboral, ao despertador atirado para o lado ( ... )
É óbvio que trabalhar em casa é maravilhoso. Acordar, tomar o pequeno-almoço, caso tenha cônjuge e petizes dizer adeusinho e em 15 minutos ali está em todo o seu esplendor: o dia e o silêncio. Hum... uma voltinha pela casa, um cafezinho, uma bolachinha, uma horita pelo Facebook, 120 bocejos, uma zappada na TV e não é que já é hora de almoço? E chega à noite e pouco se avançou? E a data de entrega a aproximar-se? ( ... )"

Luis Pedro Nunes, Público

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

D. Manuel II



A ver, esta reportagem da RTP sobre o Rei D. Manuel II, um homem demasiado íntegro e culto para governar Portugal.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

É apenas uma questão de tempo



Neste dia de centenário republicano, sinto-me consolado por esta convicção: no estado em que as coisas estão, não teremos que esperar mais cem anos para voltar a ter o Rei no Trono

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A caixa laranja*

É de louvar esta iniciativa do Gabinete de Estudos do PSD. Neste site, os cidadãos podem fazer propostas sobre os cortes nas despesas do Estado. Com este gesto fomenta-se a participação cívica, aproximam-se os eleitos dos eleitores, dá-se voz aos cidadãos, que nunca são convidados - excepto nas eleições - a pronunciar-se sobre a vida pública.

*O título do post relembra a "caixa verde" que D. Pedro V mandou colocar à porta do Palácio das Necessidades, na qual a população podia deixar reclamações, críticas e sugestões.

sábado, 2 de outubro de 2010

Inteiramente de acordo

«A República foi feita pela chamada "geração de 90" (1890), a chamada "geração do Ultimatum", educada pelo "caso Dreyfus" e, depois, pela radicalização da República Francesa de Waldeck-Rousseau, de Combes e do "Bloc des Gauches" (que, de resto, só acabou em 1909). Estes beneméritos (Afonso Costa, António José d"Almeida, França Borges e outros companheiros de caminho) escolheram deliberadamente a violência para liquidar a Monarquia. O Mundo, órgão oficioso do jacobinismo indígena, explicava: "Partidos como o republicano precisam de violência", porque sem violência e "uma perseguição acintosa e clamorosa" não se cria "o ambiente indispensável à conquista do poder". Na fase final (1903-1910), o republicanismo, no seu princípio e na sua natureza, não passou da violência, que a vitória do "5 de Outubro" generalizou a todo o país. Não admira que a República nunca se tenha conseguido consolidar. De facto, nunca chegou a ser um regime. Era um "estado de coisas", regularmente interrompido por golpes militares, insurreições de massa e uma verdadeira guerra civil. Em pouco mais de 15 anos morreu muita gente: em combate, executada na praça pública pelo "povo" em fúria ou assassinada por quadrilhas partidárias, como em 1921 o primeiro-ministro António Granjo, pela quadrilha do "Dente de Ouro". O número de presos políticos, que raramente ficou por menos de um milhar, subiu em alguns momentos a mais de 3000. Como dizia Salazar, "simultânea ou sucessivamente" meio Portugal acabou por ir parar às democráticas cadeias da República, a maior parte das vezes sem saber porquê. E , em 2010, a questão é esta: como é possível pedir aos partidos de uma democracia liberal que festejem uma ditadura terrorista em que reinavam "carbonários", vigilantes de vário género e pêlo e a "formiga branca" do jacobinismo? Como é possível pedir a uma cultura política assente nos "direitos do homem e do cidadão" que preste homenagem oficial a uma cultura política que perseguia sem escrúpulos uma vasta e indeterminada multidão de "suspeitos" (anarquistas, anarco-sindicalistas, monárquicos, moderados e por aí fora)? Como é possível ao Estado da tolerância e da aceitação do "outro" mostrar agora o seu respeito por uma ideologia cuja essência era a erradicação do catolicismo? E, principalmente, como é possível ignorar que a Monarquia, apesar da sua decadência e da sua inoperância, fora um regime bem mais livre e legalista do que a grosseira cópia do pior radicalismo francês, que o "5 de Outubro" trouxe a Portugal? (Adaptação do prefácio à 6.ª edição do meu livro O Poder e o Povo).»

Vasco Pulido Valente, Público