segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Sapatada na democracia



A esquerda colorida vai fazer um apelo, amanhã, à porta da embaixada dos Estados Unidos, pela libertação do jornalista que arremessou os seus sapatos à cara do presidente Bush. Consiste o protesto em deixar um sapato à porta da representação diplomática americana. Desde logo, não percebo por que razão escolhem a embaixada dos Estados Unidos para fazer semelhante manifestação, pois quem prendeu o jornalista foram as autoridades iraquianas.
Em si mesmo, este acto simbólico é estúpido e puramente propagandístico. O que importa, porém, salientar é que, mais uma vez, a extrema-esquerda portuguesa revela, através do seu ostensivo desprezo pelos EUA, um sectarismo cego e o seu ódio visceral à democracia e à liberdade - é essa a inconfessada razão do seu anti-americanismo - elevando-os ao paroxismo da cretinice e da indigência mental, de que este acto folclórico é triste exemplo. Se a liberdade de expressão ( embora não me pareça que a agressão a um chefe de Estado democraticamente eleito possa ser classificada como tal ) é verdadeiramente a causa que os manifestantes defendem, pergunto porque não vão deixar sapatos à porta das representações diplomáticas de Cuba, da Coreia do Norte, da Venezuela e de várias mãos cheias de países africanos e do Médio Oriente.

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