terça-feira, 9 de setembro de 2008

Obviamente, não se demitiu


Paulo Portas explicou ontem ao Conselho Nacional o seu silêncio em relação à demissão de Nobre Guedes, dizendo que pretendia dissuadir o seu correligionário da decisão, o que tentava fazer há, pelo menos, um ano ( o homem é persistente, não há dúvida! ). O argumento é, obviamente, cretino, como não podia deixar de ser, pois a atitude de Portas não tem justificação. Desrespeitando os dirigentes, os militantes, os eleitores ( cada vez menos ), enfim, desrespeitando toda a gente, o presidente do CDS omite factos, trata o partido como propriedade sua e, não satisfeito com isso, apresenta razões absurdas para justificar os seus desmandos e irresponsabilidades.
Todavia, em abono da verdade se diga, não precisava de esforçar em demasia os seus neurónios para encontrar uma explicação razoável pois, como se viu, o Conselho Nacional, caninamente fiel, aceitou de bom grado as suas justificações.
O que se passou ontem atesta bem o estado de indigência a que o CDS chegou. Portas controla completamente o partido, esvaziou-o de pessoas com cérebro, pois não admite que alguém, além dele, pense. Pode, assim, dizer e fazer o que bem lhe apeteça com a certeza de ser aplaudido no final pelos títeres que levou consigo para o Caldas.

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