terça-feira, 31 de maio de 2011

sábado, 28 de maio de 2011

28-M


Foi há 85 anos

terça-feira, 24 de maio de 2011

Al(g)arve

O ex-ministro Pinho resolveu-se, há uns anos, rebaptizar o Algarve de Allgarve, tentando torná-lo mais atractivo para os turistas de língua inglesa. A julgar pelos exemplares vindos da Velha Albion com que me tenho cruzado por estas bandas, acho que mais próprio seria retirar o "g" ao nome desta solarenga região.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

É bom lembrar...



...que a elite éclairée que hoje se indigna com as imagens de DSK algemado, é a herdeira política daqueles que há dois séculos atrás fizeram isto ao seu Rei na praça pública

quinta-feira, 19 de maio de 2011

terça-feira, 17 de maio de 2011

(In)égalité



É curiosa a reacção de muitos em França - a pátria da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão - em relação ao tratamento dado pela polícia americana a DSK. Podemos questionar a publicidade de que são alvo os acusados nos EUA, publicamente exibidos sem grande discrição, mas a indignação francesa é selectiva, pois não se deve tanto à forma como são tratados os detidos, mas sobretudo ao estatuto do director do FMI. Para estes críticos - também os há em Portugal - as pessoas importantes e poderosas devem beneficiar de um tratamento especial, o que contraria o fundamental princípio da igualdade perante a Lei, de que a Europa, e sobretudo a França, tanto se gabam.
Quer-me parecer que o Velho Continente tem muito ainda a aprender com esse povo "semi-bárbaro", os ex-colonos americanos.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Não tenho pachorra...



... para assistir a um debate entre o autoritarismo utópico e o utopismo autoritário

A ter em conta no dia 5 de Junho

A posição de Sócrates a respeito da Taxa Social Única, que contraria o compromisso por si assumido, em nome do Governo e do País, com a troika, prenuncia que, se for Primeiro Ministro novamente, não cumprirá integralmente o acordado, se tal lhe for politicamente conveniente. Neste caso, não só as tranches do empréstimo não serão entregues, como a credibilidade do Estado ficará irremediavelmente comprometida.
Cuidado! Não cometam os portugueses o erro do PS... reeleger Sócrates.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A verdade em política

"Encontrava-me no coração político do mundo, num momento em que se procurava estabelecer algum desanuviamento das tensões da Guerra Fria, mas em economia os problemas aumentavam em virtude da primeira crise petrolífera. No entanto, estava em pleno auge a questão do 'Watergate', pelo que, para minha estupefacção, as perguntas incidiram de forma persistente apenas na questão das escutas, das gravações, do incidente que comocionava os meios de comunicação e a classe política dos Estados Unidos ( ... )
Poucos dias mais tarde, já com o secretário de Estado, num jantar em Hartford, no Connecticut, em casa de um médico português muito conhecido e influente, tive a oportunidade de expressar esta minha surpresa ao reitor da Universidade de Harvard.
A resposta foi concludente sobre a exigência ética que os americanos têm em relação aos seus dirigentes: 'O Presidente ( Nixon ) mentiu. Se ele tem aceite e reconhecido, desde o princípio, o que tinha feito, teria reduzido as consequências. O que não é admissível é que tenha mentido!' Compreendi a grande diferença com a mentalidade europeia onde, ainda hoje, parecem não ter sido assumidos esses conceitos."


Pedro Feytor Pinto, Na Sombra do Poder

terça-feira, 10 de maio de 2011

Lata

Se os portugueses, como indiciam as sondagens, estão dispostos a dar mais de 30% ao PS nas legislativas, que legitimidade têm para pedir aos finlandeses e ingleses para lhes emprestarem dinheiro? É preciso lata!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Novidade politológica

O Professor João Cardoso Rosas classifica o CDS, em artigo de opinião publicado no Diário Económico, de "extrema-direita parlamentar".
Em que manuais de ciência política se terá baseado para fazer semelhante classificação?

domingo, 8 de maio de 2011

E agora...

Londres põe em causa ajuda a Portugal

...vão fazer mais um vídeo patético para convencer os ingleses?

Achei imensa piada

A culpa é do pólen dos pinheiros,
Dos juízes, padres e mineiros,
Dos turistas que vagueiam nas ruas,
Das strippers que nunca se põem nuas,
Da encefalopatia espongiforme bovina,
Do Júlio de Matos, do João e da Catarina.
A culpa é dos frangos que têm HN1
E dos pobres que já não têm nenhum.
A culpa é das prostitutas que não pagam impostos,
Que deviam ser pagos também pelos mortos.
A culpa é dos reformados e desempregados,
Dos professores que não são avaliados.
A culpa é dos que tem uma vida sã
E da ociosa Eva que comeu a maçã.
A culpa é do Eusébio que já não joga a bola
E daqueles que não batem bem da tola.
A culpa é dos putos da Casa Pia,
Que mentem de noite e de dia.
A culpa é dos traidores que emigram
E dos patriotas que ficam e mendigam.
A culpa é do Partido Social Democrata
E de todos aqueles que usam gravata.
A culpa é do BE, do CDS e do PCP
E dos que não querem o TGV.
A culpa é da gasolina que encarece,
A culpa até pode ser do urso que hiberna,
Mas nunca a culpa é do Sócrates,nem do PS,
ou da corja que nos governa!

Frei João da Fonseca

Roubado daqui

Situacionismo

Do que se conhece do programa do PSD, não está prevista a redução do número de concelhos. Aliás, a fazer fé na manchete do Expresso de ontem, PS e PSD estão empenhados em que tal não se faça.
É sintomática esta atitude dos dois partidos rotativos: de facto, os municípios têm sido uma fonte quase inesgotável de sinecuras e de financiamento partidário, através do tráfico de influências - o "compadrio aldeão" de que falava Eça - além de propiciar a corrupção, cuja verdadeira dimensão desconhecemos, graças à crónica ineficácia da justiça indígena. Não lhes parece, pois, interessante mudar este podre status quo.
Lamento que o PSD se renda à situação e à rede de interesses que a sustenta, não mostrando coragem bastante para derrubar de uma vez por todas o cacicato, um dos seculares obstáculos a que tenhamos em Portugal uma autêntica democracia.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

The Queen's speech



A vitória do Scottish National Party nas eleições de ontem abre caminho ao referendo sobre a independência da Escócia, que poderá comprometer ( eu estou convicto que não ) a sobrevivência do Reino Unido.
Reproduzo um excerto do discurso que a Rainha Isabel II proferiu em Westminster Hall, perante as duas câmaras do Parlamento, em 4 de Maio de 1977, no decurso de um banquete em sua honra por ocasião do Jubileu de Prata da soberana e no qual, contrariando o habitual silêncio dos monarcas em relação a questões políticas, assumiu uma posição muito clara a respeito da unidade nacional:

"The problems of progress, the complexities of modern administration, the feeling that Metropolitan Government is too remote from the lives of ordinary men and women, these among other things have helped to revive an awareness of historic national identities in these Islands. They provide the background for the continuing and keen discussion of proposals for devolution to Scotland and Wales within the United Kingdom.

I number Kings and Queens of England and of Scotland, and Princes of Wales among my ancestors and so I can readily understand these aspirations.

But I cannot forget that I was crowned Queen of the United Kingdom of Great Britain and Northern Ireland."

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Ironias

Não deixa de ser irónico que o FMI, demonizado pela esquerda como a face voraz do capitalismo, tenha decidido atribuir o subsídio de desemprego aos chamados falsos recibos verdes, medida que o PS, paladino do Estado Social e do Portugal de Abril, sempre se recusou a adoptar.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Cenas de um casamento



O casamento dos Duques de Cambridge revelou um pouco mais acerca da discreta pessoa do Príncipe William. Parco em palavras, como se espera das pessoas reais, pouco se sabe a respeito do que pensa, embora muito se escreva sobre o assunto.
É voz corrente, entre os que se pronunciam sobre o filho do Príncipe de Gales, que é um homem de ideias avançadas e que, uma vez aclamado, revolucionará a - ainda em muitos aspectos - vitoriana monarquia inglesa. Discordo.
Ora, porque o pensamento do Príncipe não é conhecido, apenas especulado, procurei ver no casamento sinais da sua sensibilidade e da sua forma de conceber a instituição que, a seu tempo, chefiará, e cheguei a conclusões bem diversas.
A cerimónia foi sóbria, mas solene, digna, portanto, da instituição que o Príncipe representa. Nas escolhas musicais, foram eleitos alguns dos mais famosos compositores ingleses dos Sécs. XIX e XX e que traduziram em linguagem musical as grandezas da nação britânica e do seu império em peças impetuosas e triunfalistas: Elgar, Stanford, Parry, William Walton. Destaco em particular o hino de Parry – Jerusalem – para muitos o hino não-oficial de Inglaterra, o I was Glad, que acompanhou a entrada de Kate Middleton na Abadia de Westminster, peça que é tradicionalmente tocada no percurso do soberano até ao altar nas cerimónias de coroação ou o Crown Imperial, de Walton, marcha triunfal intepretada no final da cerimónia e que foi composta para a coroação de Eduardo VIII e interpretada pela primeira vez na coroação de seu irmão – Jorge VI – em 1937.
Na decoração da Abadia, prevaleceu o verde de enormes arbustos que deram alguma cor às paredes escurecidas pelo tempo, evocando, possivelmente, a paisagem rural britânica – a green a pleasant land de que fala o poeta William Blake, no poema Jerusalem que Parry musicou e a que acima me referi – de que o Príncipe de Gales tem sido persistente defensor, causa que William parece partilhar com o seu pai.
Assim, além da sobriedade da cerimónia – que parece revelar a natureza discreta dos noivos, mas também a consciência das dificuldades por que presentemente passam muitos dos seus compatriotas - pode destacar-se a sua convencionalidade e, arrisco até, o seu conservadorismo. Não houve inovações, a escolha musical parece decalcada do programa do último concerto dos Proms – e, sobretudo, Elton John fez o favor de permanecer calado desta vez. A decoração, sendo talentosa, não foi arrojada e o próprio vestido da noiva revelou uma enorme sensatez: particularmente elegante, era discreto e despretencioso, o que demonstrou, por parte da noiva, a consciência das suas origens, pois se Kate Middleton saiu da Abadia princesa, não foi nessa condição que lá entrou.
Em nenhum momento da cerimónia vi indícios de rebeldia ou de ruptura com a tradição. Tudo me pareceu ser como sempre foi. E é assim que deve continuar a ser. God bless William for that!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Ver para crer

Na televisão e na blogosfera tem sido posta em causa - inclusivamente por pessoas pouco dadas a teorias da conspiração - a morte de Osama Bin Laden. Sinceramente não percebo. Seria razoável que o Presidente dos EUA viesse publica e solenemente declarar uma mentira? Não estamos em Portugal, em que a mentira se tornou habitual e é bem recebida, e Obama não é José Sócrates.
Dizem tais comentadores e bloggers que é suspeita a ausência de imagens do cadáver ou do seu enterro. Pois muito bem: se tais imagens fossem mostradas logo ouviríamos uma berraria indignada com a falta de escrúpulos dos americanos ao exibirem os restos mortais do vilão como uma presa de caça, desrespeitando quer o morto, quer a tradição islâmica. Como não mostraram, é porque o homem, afinal, não está morto. Enfim...

A proverbial hipocrisia da esquerda

Abono retirado a 645 mil crianças

Hipocrisia do PS, responsável por esta medida, e do PCP e BE que, caso esta tivesse sido tomada por um governo de centro-direita, já teriam feito uma infinidade de jornadas de luta e concentrações na Largo de Camões.

Congratulations, Mr. President!