É lamentável a posição a que o presidente equatoriano submeteu o seu país, ainda por cima por causa de um homem de reputação mais do que duvidosa como o senhor Assange. Doentiamente egocêntrico e megalómano, Assange atribui-se uma importância que não tem, assumindo o papel de mártir da liberdade de informação. O direito ao disparate é livre e se o senhor da Wikileaks pretende fazer uma triste figura, está no seu direito. Que um Estado soberano o secunde é que é de condenar.
Em nome do combate ao colonialismo – o sempiterno argumento dos tiranetes ou candidatos a tal na América Latina, para agitar as massas – o Presidente do Equador entendeu conceder asilo a Assange, não porque esteja minimamente preocupado com ele, mas tão só porque quer aumentar a sua popularidade, desafiando os poderosos deste mundo. E, na óbvia ausência de argumentos válidos, recorre a motivos absurdos, como a suposta ausência de garantias de imparcialidade do sistema judicial sueco ( o facto da Suécia ser um dos países menos corrputos do mundo é um detalhe sem importância ) ou a possibilidade de Assange ser extraditado para os EUA onde poderá estar sujeito à pena de morte ( ignorando, ou fingindo ignorar, que os países da UE não podem extraditar um cidadão quando passível de condenação à pena capital ).
Assim, por puro populismo, o presidente Correa não hesita em sujeitar o seu país à ridícula posição de defensor do indefensável Julien Assange.
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