Segundo consta, as transferências de dinheiro para as offshores disparou em Portugal, ou seja, os que têm mais dinheiro, temendo um agravamento fiscal, puseram parte dos seus grandes pecúlios ao fresco, tentando escapar ao fisco. Detesto o discurso demagógico dos "ricos que paguem a crise", mas é triste assistir a este espectáculo de avareza.
Os detentores de fortunas têm um dever para com a comunidade que fez deles ricos, devendo participar, na medida da sua riqueza, no esforço comum de sanear as contas públicas, tornando, simultaneamente, menos pesado o descomunal fardo fiscal que a exangue classe média presentemente suporta. A ausência de noção de responsabilidade social da riqueza que revelam fazem deles meros gananciosos, logo imerecedores da fortuna que detêm.
Não é fácil dar o braço a torcer, mas começo a concordar com a passagem do Evangelho Segundo S. Mateus - que nunca me agradou - que diz que é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que a um rico entrar no Céu.
2 comentários:
Enapá, isto anda muito radical, camarada H... Um abraço solidário, DD
Radicalismo? Não. É apenas common sense. Abraço Sir H.
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