terça-feira, 5 de maio de 2009

Porta da rua, serventia da casa


Estão a avolumar-se as pressões para que Dias Loureiro resigne ao cargo de Conselheiro de Estado, em face dos constrangimentos que o seu envolvimento no lodaçal do BPN estão a causar ao Presidente da República. Há muito que o cavalheiro devia ter abandonado o cargo, por respeito para com Cavaco Silva e para com a dignidade do Conselho de Estado, necessariamente beliscada com a sua permanência. Aliás, se o tivesse feito logo que o caso foi tornado público, teria saído com dignidade, evitando esta espécie de expulsão que começa a ser exigida por um crescente número de individualidades.
Todavia, pergunto: não se devia aplicar o mesmo princípio ao senhor Primeiro Ministro? Não causam as suspeitas que sobre si recaem a degradação da credibilidade do Governo, lesiva para o regime?

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