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O sempre polémico juiz Baltazar Garzón decidiu iniciar uma investigação com vista ao apuramento de responsabilidade criminal em casos de desaparecimento no decurso da Guerra Civil Espanhola, tendo, para tal, ordenado a exumação de cadáveres de vítimas do conflito, sepultados em valas comuns. Embora seja legítima a pretensão dos familiares dos desaparecidos de lhes serem entregues os restos mortais dos seus parentes, é absurda a posição de Garzón ao tratar a questão do ponto de vista criminal. Desde logo, porque os crimes em questão foram anulados pela lei de amnistia de 1977. Mas também, e sobretudo, porque o magistrado, para conseguir levar adiante o processo, não terá apenas que desenterrar as vítimas, mas também os criminosos, pois estão todos mortos. Não sei o que passou pela cabeça do senhor Garzón, mas não é aos homens que cabe julgar quem já não está neste mundo. Ou muito me engano ou Baltazar Garzón já se cansou de encarnar o papel de Zorro do sistema judicial espanhol e agora quer fazer passar-se por Deus.
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